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Colaborar: uma nova forma de consumo

Atualizado: 26 de fev. de 2019



Tudo muda o tempo todo. E, diante de novas configurações sociais decorrentes do advento da internet e do relacionamento em rede, preocupação com o meio ambiente e valorização de hábitos mais sustentáveis e recentes crises econômicas de impacto global, novos hábitos de consumo estão se desdobrando. Embora, ainda em passos lentos.

À vista disso, surgiu o consumo colaborativo, também conhecido por economia colaborativa ou economia compartilhada, que é um ecossistema sócio-econômico construído em torno do compartilhamento de recursos humanos, físicos e intelectuais. Esse novo meio de consumo possibilita adquirir itens, bem como vender e negociar a partir dos interesses em comum dentro de uma comunidade. Trata-se de uma maneira de oferecer um serviço sem a necessidade de novas produções, o que torna o consumo menos exploratório para o meio ambiente e mais econômico para o consumidor.

A economia colaborativa inclui a criação, produção, distribuição, comércio e consumo compartilhado de produtos e serviços por diferentes indivíduos e organizações. Compartilhar, emprestar, alugar e trocar substituem o verbo comprar no consumo colaborativo.

Grandes multinacionais como a Uber e a Airbnb utilizam o conceito nos seus negócios. A Uber oferecendo "carona remunerada" por meio de um aplicativo com viagens bem mais baratas que o tradicional táxi. Ainda com a facilidade de dividir a tarifa da viagem com outra pessoa pelo próprio aplicativo. Enquanto que a Airbnb permite anunciar quartos desocupados ou apartamentos e casas inteiras, barcos, aviões, barracas e até redes de descanso. Também com custos bem menores que hotéis. Outra multinacional de negócio eletrônico que também deve ganhar destaque é a OXL, que permite fazer anúncios para venda, aluguel, troca e doação de produtos usados.

Hoje, a ideia de possuir algo não se mostra mais tão vantajosa e está ficando cada vez mais antiga. Modelos de negócio que utilizam o conceito de consumo colaborativo está se estendendo por vários setores de atividade: industriais, comerciais e de prestação de serviços.

Ainda dentro de um modelo semelhante ao da Uber, existem a Tripda e a Blablacar. A diferença é que o motorista pode cadastrar itinerários de carro e oferecer caronas em troca de uma taxa com o objetivo de dividir os custos da viagem e não em lucrar.

No serviço de aluguel de veículos, existem os sites Fleety, Pegcar e Moobie, onde pessoas interessadas em alugar o próprio carro para terceiros podem se cadastrar, preenchendo um formulário com dados pessoais e características do veículo. Ainda no ramo de aluguel de veículo também existe o Spinlister, com anúncios de aluguel de bicicletas, equipamento pra surf e esqui.

Os sites Alooga, Cyo e Rent for All reúnem produtos para locação anunciados tanto por pessoas físicas quanto por empresas, como câmeras fotográficas, filmadoras, drones, skates, luvas de boxe, bolsas, guitarras, vestidos de festa e até óculos de sol. E os aluguéis não param por aí! Hoje é possível alugar até um espaço na mala durante uma viagem para trazer encomendas, no site Cabe na Mala. Ou, ainda, anunciar o serviço de guia turístico informal de sua cidade no site Rent a local friend.

No Dog Hero e no Pethub, os usuários podem se tornar anfitriões e receber bichos de estimação de donos que precisem viajar ou deixar os pets sozinhos por um determinado tempo, por custos a partir de R$ 25,00 por noite.

Nada obstante, o consumo colaborativo não se limita a, apenas, sites e aplicativos. Recentemente, em Natal/RN, inaugurou um novo negócio no ramo da moda também com apelo sustentável, a Let's Use! Rouparia. Consiste em um closet compartilhado, que permite adquirir um plano mensal para ter acesso a peças de roupas por um tempo determinado. Dessa maneira, é possível variar nas produções sem acumular roupas no armário.


Géssica de Araújo Silva

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